segunda-feira, 1 de novembro de 2010
GEPETTO - só indo pra ver!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
COMO É BOM SE SURPREENDER
Aí, fui lá eu provar a segunda sobremesa. Nào foi por delicadeza, não. O negócio tava bonito.... No que coloquei a colher pra pegar as duas camadas juntas e levei à boca.... hummmmmmmmmmm..... Bingo! Fui pega! Agradeci ter provado, agradeci o fato de a Larissa nem ter perguntado se seu queria! E me vi naquela situação descrita no começo do post. Gostei tanto que, mesmo o creme de abacate estando tão bom, não sei dizer do que gostei mais.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
A MELHOR COMIDA DO MUNDO - sem sacanagem, é a da minha mãe
Curiosidades sobre Tietê sempre me ficaram na cabeça, como por exemplo: um restaurante pra durar lá é difícil... Padaria tem de monte. Uma em cada esquina. Mas restaurante... Alguns poucos a kilo que funcionam durante a semana. Em Tietê as pessoas almoçam em casa.
Na minha família, minhas avós cozinhavam mas tenho poucas lembranças da comida delas. As perdi muito cedo. Da minha avó paterna, um doce de abacaxi. Da materna, tenho mais: ela morava no sítio e com o leite que meu avô tirava da vaca de manhã bem cedo ( e que por muitas vezes eu acordava para levar meu copinho com açúcar para ele encher direto da ordenha) ela fazia queijo. E guardava um inteiro pra mim pra quando eu chegasse do Rio. Eu amava aquele queijo, o melhor queijo fresco que já comi até hoje. Ela também fazia massa de torteli, ravioli, etc.
Minha mãe aprendeu a cozinhar com minha vó mas com certeza ela tem um dom maior. Quando eu era pequena, iogurte e geléia eram caros. Minha mãe então fazia. E que saudade tenho daquele iogurte! Lá em casa, crescemos almoçando e jantando comida boa, feita pela minha mãe. Arroz, feijão, carne, muito peixe, um legume refogado e salada, sempre! Nào tinha essa de lanchar, era janta mesmo! Então eu, meu pai e meus irmãos comemos bem, temos bom paladar, pra nos enganar é difícil. Mas enganar a minha mãe, é pior. Desde a compra do ingrediente até na hora de fazer, hoje fico observando e queria estar mais perto para poder aprender mais. Tudo é simples mas divinamente saboroso. Meu sobrinho é bom de garfo e eu acho que muito desse jeito dele de comer de tudo e gostar de tudo é pela convivência com a comida da minha mãe. Ele diz que o ingrediente que ela mais usa é o amor. "nisso ela exagera!", me disse um dia do alto dos seus 9 anos. Eu acho que ele tem razão.
Enfim, nos últimos dias eu tenho tentado aproveitar cada minuto da possibilidade de comer a comida da Dona Gê (nome da minha màe), afinal moramos longe uma da outra. Quando estou em São Paulo ou no sítio, é uma alegria. Nesse post queria dividir com vocês a polenta com frango caipira que ela fez no aniversário do meu pai. Receita da mãe dela, com um molho de fazer flutuar. Uma simplicidade que é puro requinte. Só não comi ajoelhada por que as mesas lá de casa são animadas pra chuchu! (como vcs podem perceber pelo áudio do vídeo abaixo, é um falatório sem parar!)
Depois dessa polenta, um almoço improvisado, segundo ela, antes de eu voltar pra casa: arroz e feijão frescos, repolho refogado e carne moída. Pra voltar ainda mais no tempo, eu coloquei uma bananinha do lado. A carne moída da D. Gê é diferente, é algo. Uma amiga, Fernanda, não come carne moída e quando comeu a da minha màe não acreditou. Perguntou o segredo: alcatra moída e não carne de segunda. A carne é bem sequinha, não fica com gosto de carne crua. E o tempero: tomate picadinho sem semente, salsinha, cebola, limào e um tempero de família que ela e todas as irmãs delas, minhas tias, fazem que é ouro em pó pra temperar. A quantidade é um mistério mas vai muito alho, manjerona, muita salsa, sal, cebola e óleo só pra ajudar a bater. É isso. Sempre tem um pote aqui em casa.
Todo esse post é pra dividir um pouco minhas origens, quem eu sou e fazer uma homenagem à comida caseira, principalmente a da minha mãe. Outro dia fui almoçar na Pousada Alcobaça, da Dona Laura. Ela é muito festejada pela carne assada e pela comida caseira que faz lá em Petrópolis. Longe de desmerecer a Dona Laura pois a comida dela é uma delícia, daquelas que faz você sentir o gosto de tudo, mas a minha mãe se abrisse um restaurante aqui no Rio faria tanto ou mais sucesso que ela. Quando fui comer na Alcobaça, saí com uma saudade da Dona Gê....
APPLEBEE`S - Fuçando o sabor aparece! Vai por mim!
LA FIORENTINA - Não vive só da tradição
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
ZENA CAFÉ - o melhor gnhocci do mundo!
Vocês estão autorizados a me dar bronca, ok?
Vamos lá. Hoje me deu um vontade súbita de comer o gnhocci do Zena Caffe, em São Paulo. Como moro no Rio, não foi possível. Foi então que percebi que depois da minha visita (a primeira por enquant0) ao restaurante do Ca Bertolazzi, não escrevi sobre o local aqui no Blog! Quanta injustiça! Ora, se escrevo com fervor aqui dos lugares que não gosto, os que gosto - e muito - precisam ter o mesmo destaque.
Bom, a noite começou com a cia da maravilhosa Li, da Casa da Li (aspicuelta, 23 - todos precisam conhecer um dia na vida!). Meio caminho andado para uma noite agradável. Melhorou demais quando conheci o Ca. E mais ainda quando a esposa dele, Fabiana, gravidíssima, sentou conosco à mesa. Uma olhada em volta e o charme da decoração despretenciosa me conquistou. Cá me explicou a proposta do restaurante: cardápio todo baseado na culinária da Ligúria, região norte da Itália. Já fiquei curiosa...
Quando começamos a comer, aí sim a noite começou. Primeiro, desfile de focaccias. Depois, focaccia ripiena, uma massa muito fina e crocante (inexplicável) recheada de um queijo que jamais havia comido na vida: stracchino. Essa focaccia é típica de Recco (na Ligúria). E finalmente, o gnhocci!!!!
Quem me conhece sabe que eu não sou propriamente uma fã ardorosa de gnhocci. Mas às vezes sinto vontade e quando como um realmente bom... bom, aí o negócio passa a ser sério. Foi o que rolou no Zena. Fiquei curiosa pra comer vários outros pratos mas todos me recomendaram muito o gnhocci. E ainda bem que segui as dicas!
Como tínhamos comido bastante antes, dividimos um gnhocci (eu a Li). Ela já tinha terminado e eu continuava a raspar o restinho do molho de tomate, do queijo (stracchino tb, derretidíssimo no meio no prato, uma coisa!), de tudo! Que feio, Boca!!! Mas que delícia! E pensar que o gnhocci, coitadinho, foi parar no cardápio por acaso. Viva o acaso!
Enfim, saí desse jantar com a certeza de que já descobri o lugar pra se comer gnhocci: no Zena Caffe. E saí também sabendo que aquele queijo me deixaria saudades!
Uma pena imensa que as fotos que eu tirei desse banquete tenham ficado tão escuras que não é possível ver nada, nadinha, nadica. Mas algo me diz que isso é pra aque eu volte e tente tudo outraz vez pra garantir a foto!
Zena Caffe: Rua Peixoto Gomide, 1901. Jardim paulista - São Paulo. Tel. (11) 3081-2158
Cotação da BOca: colher de sopa!
domingo, 22 de agosto de 2010
TAPPO - italiano com charme e gosto!
Nossas 3 massas foram: bucattini con le sarde, papardelle bolonhesa e spaguetti a carbonara. Com toda honestidade, não sei dizer qual foi meu preferido. Tenho a impressão que da próxima vez que eu for ao Tappo, vou querer repetir todos eles.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
A CASA É DA LI MAS PODERIA SER A NOSSA TAMBÉM!
Não! É Casa da Li mesmo! Da Eliane André!!!
Quando ela veio para o Rio para fazer um T&D da Roberta Sudbrack - sua mentora e inspiração como ela mesmo diz - tive a chance de conhecê-la pessoalmente. ""Booocaaaa!!!", ouvi assim que cheguei. Uma figura, estava na cara.
Bom, receita aqui e ali, acabei ficando no grupo dela, o do franguinho (no T&D os alunos são separados em grupos para cada grupo realizar uma receita). Li se ausentou por um momento e quando voltou estava vestida pra guerra: uniforme todo preto, sapatos apropriados para cozinha, chapéu próprio e etc. Liderou nosso grupo: "faz isso, faz aquilo". Eu até trabalhei mas colei nela! Não queria de jeito nenhum ficar no grupo do frango por que nao sabia por onde começar mas quando vi a Li, sosseguei e arragacei mangas. Uma profissional, estava cara de novo. Coisa que o meio gastronômico todo já sabia, principalmente em São Paulo. Mas eu, confesso, não. Lá pelas tantas, na hora da dança (sim, sempre tem a hora da dança no T&D), a chef colocou uma música em homenagem a Li: Love is in the air.... Aos primeiros acordes, estava lá a Li, aos prantos.
O restante da aula e do jantar todo foi uma delícia e depois nos encontramos novamente, no dia seguinte, na terça básica do RS. Igualmente divertido, a energia da Li é contagiante.
Depois desse encontro, ela voltou pra São Paulo mas continuamos sempre nos falando via twitter. Parecia uma amizade de anos, coisa estranha mas muito boa. Bom, pelo menos para mim. Ela contava suas aventuras e agruras com a rotisserie que estava montando. Quem a segue no Twitter soube tudo, tim tim por tim tim.
Finalmente, ela abriu as portas e colocou duas mesinhas para quem quisesse almoçar. Em pouquíssimo tempo, já tem 8 mesas.... "Gente, não sou um restaurante, sou uma rotisserie", ela frisa. Mas.... não sei não....
Enfim semana passada conheci a Casa Da Li. Cheguei com a Roberta Sudbrack e a Li, ao ver sua mestra, já nos recebeu aos prantos. Registrei esse momento emocionante que fez meus olhos encherem de lágrimas. E assim, chorando, pura emoção, com cara de sapão como ela brinca, Li passou quase todo o almoço que acabou virando uma grande mesa, deliciosa, de risos, de sabores, de sensações. Uma mesa daqueles almoços de domingo na sua casa, em que uma ponta passa a focaccia daqui e a outra ponta da mesa passa o franguinho de lá. E isso explica o título desse post: apesar de os integrantes da mesa serem todos amigos da Li que foram prestigiá-la e também prestigiar a presença da Roberta ali (pessoas que conheci naquele almoço e que adorei!!!), a impressão que tenho é que essa aura de estarmos em casa, de informalidade, é marca da casa, que é da Li mas que podia ser de todos nós. Se você for, verá.
Desculpem se escrevi muito antes de chegar na comida mas essa história toda faz sentido quando você conhece o sabor da comida da Li, quando sente o gosto da emoção que ela deposita ali ao cozinhar. Conhecê-la faz diferença pra entender o sabor da sua focaccia de tomate, a beleza da sua porchetta (coisa de alfaiate, como diz a Sudbrack) e a leveza da massa da sua lasanha.
O almoço todo foi uma farra gastronômica: porchetta (capa da revista Gosto desse mês), focaccia de tomate, focaccia de cebola roxa, pernil desfiado (lindo pra comer com pão!), franguinho assado à perfeição, lasanha de carne... ai ai, já estou salivando. É tudo muito saboroso, simples e que leva a gente a algum lugar lá dentro de nós.
Chega! Não vou falar mais. As poucas fotos que tirei e que ilustram esse post devem falar por mim.
A Casa da Li está na rua aspicuelta, na vila madalena, lá no comecinho dela, número 23.
Ah! E Não esquece: é uma rotisserie, pode quebrar um galhão cheio de sabor na sua casa. Com visitas, entao... faz uma bela vista!
Nada melhor pra terminar esse post do que com uma foto dessa estrela, a porchetta da capa!!!
Casa Da Li: Rua Aspicuelta, 23, Vila Madalena , São Paulo.
domingo, 25 de julho de 2010
BAR LAGOA - CONTINUA TUDO EM FORMA POR LÁ
Prato principal: Kassler com chucrute! Só uma coisa a dizer: Uau! Kassler macio e saboroso, chucrute ácido na medida. Sobremesa: se a onda é ficar nos típicos, apfelstrudel quentinho com chantili! Ai ai. Um bem pra alma!
TABOADA - NEM TUDO EM SALVADOR É MOQUECA. MAS NEM TUDO TAMBÉM É BOM
Não só por que lá tem pessoas que amo, nem só por que nasci no dia de Iemanjá. Eu chego em Salvador e me sinto em casa.
domingo, 27 de junho de 2010
COMIDA DI BUTECO - DE BAR EM BAR A GRAÇA É SE SURPREENDER
O nome dela é Claudia Florêncio e eu agradeço de coração o seu email!!! A Claudia foi a 4 bares do evento e experimentou os pratos concorrentes. Você que está a fim de fazer a peregrinação pelos butecos, leia as observações dela antes!
"Sou de são Paulo e vim de férias para o Rio de Janeiro. Não sabia que por aqui rolava também o Comida di Buteco. Eu e meu marido resolvemos participar e fomos em 2 bares que concorrem ao Boteco do Coração da cidade.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
QUAL DESSAS DELÍCIAS VOCÊ COMPRARIA?
qual desses produtos de luxo vc compraria???
São fotos do designer Fulvio Bonavia, "A Matter of Taste".
Quem me mostrou foi a Vanda Klabin!
Obrigada!!!
E Então? Qual deles você compraria?
Confesso: não resistiria a bolsa de queijo, mas não duraria até uma festa.
Já a bota de alho pode ser BEM útil!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
MALDADEZINHA DO BEM... POEMA PROS NOSSOS OLHOS...
VIVA O CHICO! VIVA A ALAÍDE! VIVA! VIVA! VIVA!
terça-feira, 25 de maio de 2010
COZINHANDO E CANTANDO... E SEGUINDO A EMOÇÃO!
Muito já falei sobre o encontro mágico entre as @s do Twitter e como fui pega pelo coração por esse grupo delicioso.
Num desses encontros, regado a bolo de casamento da D. Dirce, que nos foi apresentado pelo @pboueri (Pedro, pros íntimos), lá na Roberta Sudbrack, fiz o convite e Pedro aceitou: escrever sobre a boleira no meu blog.
Esperei dias e dias. Noites a fio.
E o texto chegou.
O rapaz enveredou por outros caminhos. Nada de D. Dirce no texto. A ver com ela, só mesmo a essência do que está escrito por ele.
Mas acabou por gerar uma linda homenagem, que publico com muita honra aqui.
Pedro, espero te ver outras vezes aqui!
Com, vcs, Pedro Boueri:
"Certa vez eu ouvi de um médico uma história que me deixou bastante intrigado. Era mais ou menos assim: O pai desse médico estava internado, no CTI, em estado terminal. Mas estava consciente. Foi então que, em um determinado dia, esse médico perguntou ao seu paciente/pai se ele gostaria de algo. O paciente/pai não titubeou. A sua resposta foi certeira e fulminante: “Eu gostaria MUITO de um pastel...” O médico, praticamente que com a mesma rapidez com que o paciente/pai lhe havia respondido, saiu e retornou carregando consigo o pastel tão desejado. Dada a já extrema gravidade do quadro de saúde do paciente/pai, aquele pastel seria absolutamente desinfluente. Foi então que o paciente/pai pôde se deliciar com o objeto de seu desejo, consumindo-o lentamente e aproveitando ao máximo cada milímetro dele. No dia seguinte, o paciente/pai faleceu. Não – absolutamente! – em virtude do pastel, mas sim porque esse era o desfecho inevitável que se avizinhava a toda evidência.
Paralelamente à dor da perda, o médico se sentiu confortado por saber que havia tomado a decisão que, bem visto aquele desfecho inevitável, se confirmava como tendo sido a mais acertada: proporcionar ao seu paciente/pai aquele que agora se sabia ter sido um último momento de prazer.
Eu disse intrigado no início deste texto porque essa história me fez refletir sobre a relação extremamente peculiar – ou mesmo única – que o ser humano possui com a comida.
Depois de refletir muito, eu concluí que comer é o único prazer que o ser humano consegue ter, com a mesma plenitude, desde o instante em que ele nasce,até o instante em que ele morre.
A primeira coisa que um bebê recém-nascido faz é chorar. Chora porque tem fome e, bem alimentado, para imediatamente de chorar. O prazer do bebê é o mesmo daquele paciente/pai que, nos seus últimos instantes, pôde saborear aquele pastel trazido ao CTI por seu filho (que era médico mas ao mesmo tempo era um ser humano e, nessa condição, compreendia que o prazer de uma boa comida seria bem mais eficiente para o seu paciente/pai,do que qualquer remédio do qual se tivesse conhecimento).
Pois muito bem. Passemos a tratar daqueles que concentram, em suas mãos, o poder e o privilégio de proporcionar às pessoas esse prazer peculiar, único e pleno.
Em matéria de culinária, o talento por si só não basta (independentemente do quão grande seja ele). O que faz – e principalmente o que mantém – um grande cozinheiro é tão essencial quanto básico: o amor pelo seu ofício. É por isso que, não raramente, um cachorro-quente preparado na mais simples carrocinha de rua pode acabar proporcionando ao seu respectivo consumidor muito mais prazer do que lhe poderia proporcionar o mais refinado e criativo prato de nouvelle cuisine.
Aliás, não duvidem se qualquer dia desses o amor da dona daquela carrocinha de cachorro-quente pelo seu ofício for capaz de transformá-la em uma incomparável chef de cuisine.
Outro ingrediente fundamental ao sucesso de qualquer cozinheiro é a sua simplicidade. Eu já não me lembro mais o que senti, na semana passada, ao comer aquele lindo e cirurgicamente bem decorado prato à base de lagosta (ou outro personagem do mar), acompanhado de algumas porções com nomes impronunciáveis, naquele renomadíssimo e premiadíssimo restaurante (cujo nome fica aqui omitido) e cujos funcionários me trataram como tratavam tantos outros clientes que lá estavam pelos mais variados motivos, mas não para efetivamente vivenciar uma experiência alimentar prazerosa e plena.
Por outro lado, ainda que eu consiga viver 100 anos, jamais me esquecerei do prazer que eu sinto ao comer o frango assado com farofa de ovos preparados pela minha avó, a torta de goiabada preparada pela minha outra avó, e os camarões ao catupiry preparados pela minha mãe.
Em matéria de prazer e plenitude proporcionados, todo requinte daquela lagosta (ou daquele outro personagem do mar) inominada não conseguiu chegar nem mesmo perto da absoluta simplicidade dos demais pratos aos quais me referi acima.
Mas o que será que faltou àquele grand chef de cuisine – de cujo nome eu também não me lembro mais e, ainda que me lembrasse, acabaria omitindo –,e que nunca faltou e nem falta às minhas avós e mãe?
A resposta, meus caros, tem a mesma simplicidade que derrotou o requinte sem nenhum esforço: elas (avós e mãe) não estão ali nas suas cozinhas para preparar mais um frango, mais uma torta e nem mais um prato de camarões ao catupiry. Elas estão ali para agradar uma pessoa querida. Eis o segredo.
Eu sempre tive paixão absoluta por comida. E nesse contexto, requinte e simplicidade sempre me pareceram conceitos antagônicos. Foi quando me surgiram, sem pedir licença, a queridíssima Feiticeira e os seus não menos queridíssimos aprendizes de feitiçaria que, pela simples maneira como atendem cada um dos clientes que se apresentam na inconfundível casinha laranja à beira do canal, deixam claro que amam cada detalhe de tudo aquilo que fazem ali (qualquer que seja a sua função). E que isso é o que lhes realiza e lhes faz sentir, dia após dia e já há gloriosos e bem sucedidos 5 anos de muita luta, aquela sensação gostosa, indescritível e inigualável de “missão cumprida”.
A Feiticeira e sua equipe de aprendizes de feitiçaria não fazem nenhuma questão de esconder o segredo de todo seu sucesso: ela e eles se devotam às suas funções com o mesmo amor que as minhas avós e a minha mãe se dedicam àqueles que sabem ser os meus pratos favoritos.
Posso garantir a vocês, meus caros, que absolutamente nada do que eu tenho tido o privilégio de vivenciar e experimentar, naquela casinha laranja à beira do canal, será esquecido. Por mais que seja um local requintado (um verdadeiro castelinho laranja à beira do canal), certamente foi a simplicidade daquelas pessoas e o amor que elas devotam ao que fazem que as tornaram quem elas são hoje.
Vida longa à Feiticeira e aos seus aprendizes de feitiçaria. Vida longa à casinha laranja à beira do canal. Que todos continuem ainda, por muitos e muitos anos (100,no mínimo!), proporcionando a todos nós este que, como eu disse acima, é o maior e mais pleno prazer que nós temos nas nossas vidas.
As palavras de Adélia Prado são oportunas para o final deste texto: "Minha mãe cozinhava exatamente: arroz, feijão roxinho, e molho de batatinhas. Mas cantava." É isso mesmo. Quem sabe proporcionar às pessoas,todo prazer que essa Feiticeira e os seus aprendizes de feitiçaria proporcionam deve mesmo poder ser assim: Feliz e realizado, mesmo que com as coisas mais simples. Cantando sempre!
Ah! E qualquer semelhança entre a parte final desse poema e aquelas cifras carinhosamente postadas via Twitter, diretamente da Sudvitrola, é mera coincidência, ok? Ou talvez não...
E então... Quer ser cozinheiro?"
domingo, 23 de maio de 2010
EU E MEU TOSTEX - Um casamento promissor
olha a carinha dele aí!!!!
segue a minha declaração via Twitter:
que delícia!! Inesquecível!! Viciante!!! é um gosto diferente, deve ser o amor. obrigada, @robertasudbrack, por me mostrar o que é bom!
14 minutes ago via web
na nossa primeira tentativa, uma distraçao minha e pronto, ele parou a brincadeira. saiu preto de raiva. fomos tentar novamente e aí sim....
16 minutes ago via web
ainda bem q sou insistente. ele é lindo mas gosta de td ao seu jeito, q vc fique sempre d olho nele. senão, queima!!! como é possessivo...
17 minutes ago via web
a @robertasudbrack ao nos apresentar, eu e o tostex, não me deu dicas sobre seu temperamento... fomos nós dois nos descobrir sozinhos...
18 minutes ago via web
as @binhas_ estavam presentes qdo nos conhecemos. emoçao! mas como td casamento, ja deu 1 pouco d trabalho......
19 minutes ago via web
foram 3 dias de namoro. Eu olhando pra ele e ele pra mim. Até que hj, enfim, casamos! testei o tostex!!!presente luxo da @robertasudbrack ..
21 minutes ago via web
LA BOTICELLA - antes e depois de Madonna, tudo continua igual por lá
Falemos pois da cozinha do La Boticella. A massa de lá é leve, feita na casa, uma delícia. Já comi vários pratos do cardápio e o único que não fez muito minha cabeça foi uma massa que tem molho de vinho tinto. É bem forte e denso. A lasanha de bacalhau, o gnhocci, o agnolloti de cordeirinho, enfim, tudo é bom! meus preferidos são o talharim Carmen e the best one é o espaguetini Casalingue. É um molho lindo e simples de tomate, com seleção de carnes cortadas na ponta da faca. Muito Bom!
Porém, sexta passada estive lá com amigos e eis que me indicaram o Javali. Eu adoro javali mas nunca comia porque sempre vou para jantar, achava pesado. E o Javali do La BOticella é uma junção de acompanhamentos que me parecia estranha: purê de lentilhas, maçã assada e gnhocci. Mas fui de cabeça na indicação. E não me arrependi.
O gnhocci vem sem molho nenhum. Ïdeal pra que você sinta o sabor da massa e misture um pouco no molho do Javali. O Javali vem desmanchando de tão macio, num molho bem saboroso. O purê de lentilhas é igualmente saboroso e a maçã dá um toque doce entre uma garfada e outra.
De sobremesa, fui no tiramissu. Poucas vezes tenho estômago para chegar na sobremesa - o antepasto de lá é muito bom também e é um desperdício não pedir - e sempre escolho o tiramissu. Mas fazia tanto tempo que eu não pedia que tinha me esquecido como ele é bom!
Então, colher de copa pro La BOticella! Ainda bem que é perto de casa.