domingo, 25 de julho de 2010

BAR LAGOA - CONTINUA TUDO EM FORMA POR LÁ

O Bar Lagoa, no Rio, sempre foi pra mim um porto seguro.
E olha que eu nem tomo chopp.

A carne de lá é ótima, o peixe com alcaparras e palmito é ótimo, o sanduíche de filé com queijo - já diria Roberta Sudbrack - é ótimo, enfim....

Mas hoje tive uma experiência realmente deliciosa lá, que só constatou que o Bar é antigo, existe desde 1934, mas está em excelente forma! Corpinho de 18!
Cheguei com vontade de comer carne, mas ao ler o cardápio, eu e meu amigo começamos a desenhar um menu mais típico de la e parecia tentador. Embarquei e agradeço muito pela incrível viagem.

Começamos com salsichão aperitivo. Pedimos a porçao mista, só cozida: meia com salsichão branco, meia com o vermelho. Belo começo. Recomendo que você peça o salsichão só cozido mesmo, pois quando vem frito fica meio forte, indigesto. O cozido desceu redondo com a mostarda escura.
Depois, ainda dividindo entrada, pedimos um steak tartar, tradicional por lá. E maravilhoso! Temperado na hora, com torradinhas, a porção é bem generosa!
Prato principal: Kassler com chucrute! Só uma coisa a dizer: Uau! Kassler macio e saboroso, chucrute ácido na medida. Sobremesa: se a onda é ficar nos típicos, apfelstrudel quentinho com chantili! Ai ai. Um bem pra alma!
Tudo isso vendo o entardecer do Rio de Janeiro, de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas, com os garçons nem tão antipáticos como era a tradição. O que nos atendeu era excelente, nota mil!

Enfim, o bar Lagoa continua sendo um porto seguro e dá pra navegar em várias marés por lá, sem medo.

Colher de sopa pro Bar Lagoa!

TABOADA - NEM TUDO EM SALVADOR É MOQUECA. MAS NEM TUDO TAMBÉM É BOM

Eu tenho um pé na Bahia. Definitivamente.

Não só por que lá tem pessoas que amo, nem só por que nasci no dia de Iemanjá. Eu chego em Salvador e me sinto em casa.
Ao longo do tempo, a cidade foi ganhando bons restaurantes e tem já uma boa gastronomia que vai além da comida típica, moqueca e acarajé. Salvador tem bons restaurantes italianos e franceses de donos que conheceram a cidade como turistas e resolveram morar nesse paraíso. Tem também boa comida espanhola, pela forte descendência. E comida japonesa, pra mim, não tem melhores no Rio ou São Paulo do que o Soho e o Shiro.

Quando vou a Salvador, gosto de revisitar os bons lugares que gosto lá (e é uma pena o Trapiche Adelaide ter fechado) e conhecer os novos. Um dia ainda faço um post só com dicas da cidade, ok? Mas eis que semana passada, em passagem pela cidade e dessa vez a trabalho, pude jantar com minhas amigas e quis ir conhecer um lugar que há muito me deixava curiosa, o Taboada, no Rio Vermelho.

O Taboada fica numa casinha branca com luminárias fora, muito fofa. Fala francês. Por incrível que pareça, estava friozinho em Salvador, chovia bastante. A noite pedia um vinho e um queijo pra começar. Tudo estava propício pra minha estreia por lá.

De cara, já pedimos um bom vinho Pinot Noir francês. O couvert era simpático também: pães, tapenade, pasta de queijo e de cebola. Começamos bem.
Como não tinha queijo de entrada no cardápio, pedi uma sopa de cebola. Estava gostosa mas com fatias de pão e de queijo muito grossas em cima. Deixei de lado isso e caí no caldo que estava saboroso, com ceblos cortadas bem fininhas.











Pra conseguir pedir o prato principal, não pudemos contar com a ajuda do garçom, bem perdido e pouco conhecedor dos detalhes do menu, que achei um pouco confuso. Resolvi então ir no básico: filé ao poivre com batatas gratinadas. A carne estava boa, o molho saboroso mas a batata foi o melhor do prato.
Eis que na sobremesa.... poxa, justo na sobremesa???!!! Bom, vamos lá: eu amo tarte tatin. sei que não é fácil fazer e por isso não são muitos os restaurantes que servem. Quando vi no cardápio, num restaurante francês, fui sem medo. Mas infelizmente, a tarte tatin do Taboada chegou totalmente queimada embaixo, mas queimada de cheirar queimado. E com uma massa folhada que não tem nada a ver. Pedi pra trocar. "Um creme brulle, esse nao tem erro". Mas teve. NUNCA vi um creme brulle daquele jeito. A casquinha de açucar de cima não quebrava. Ela se desgrudou totalmente do vreme embaixo e não quebrava. O creme estava duro, frio, parecia uma cremogema BEM dura, bota maisena aí! Enfim, saí de lá sem sobremesa e decepcionada.
Como o serviço não foi lá também essas coisas (o maitre muito atencioso mas o garçom...), achei o Taboada bem mais ou menos.
Minha próxima investida em Salvador: Chez Bernard. Dizem que é coisa fina.
Cotaçao da Boca pro Taboada: colher de café....