quinta-feira, 30 de outubro de 2008

MISTURAS EXÓTICAS

Sou daquelas pessoas que se permitem novos sabores, experiências quando o assunto é comida.
Meus amigos têm um pouco de medo de ir comer pizza comigo, por exemplo, pois sempre escolho a mais esquisita, que mistura abobrinha com algo mais diferente. E Claro, quase nunca sou atendida.

Tenho uma amiga - Nanda, que eu AMO de paixão e está comigo em várias viagens gastronômicas apesar de ela já ter sido bem melhor nisso - que sempre pede marguerita ou mussarela. E ela sempre responde, quando tento argumentar sobre a falta de criatividade: "escolha sua metade, a minha vai ser essa!". A graça da pizza não é comer mais de um sabor, ora?!

Pois bem, saindo da pizza, algumas misturas são exóticas, interessantes e mesmo que você não goste de determinado ingrediente, se provar vai ver que a coisa só rola com o tal item a mais. Faço um risoto de brie, tomate cereja e bacon que quando faço, as pessoas geralmente torcem o nariz para o pobre do bacon. Mas quando comem, são obrigados a admitir: o bacon ali é fundamental. Por isso que um chef de cozinha fica fulo da vida quando um cliente cheio de marra pede um prato "sem isso e com aquilo". Acaba a harmonia do treco, entende? Vcs não fazem isso, ne?

Bom, hoje no meu almoço no trabalho, me aventurei no buffet que vendia um tal frango ao molho cremoso de amoras. Humm... sei não. Mas fui.
O fato é que, realmente, certas coisas, pedem um refino. Não dá pra comer qualquer coisa no self service da "firma". Não que estivesse ruim. Mas cadê a amora? Tinha um vermelho no molho, mas podia ser qualquer coisa, até beterraba! Parecia exótico, parecia bom, mas....

Então, meu povo, olho vivo nos "Denorex", aqueles que parecem mas não são. Não dá pra comer comida italiana no resturante japonês. Não dá pra investir na comida japonesa na Churrascaria.
Concorda? Sim? Não? Comenta aí.
bjs

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

SALADA MONTADA - TUDO SEMPRE IGUAL

Onde eu trabalho, agora como opção para o almoço tem um daqueles tantos restaurantes cujo forte é a saladinha montada. Sabe como é? Quem mora no Rio manja bem o que estou falando.

Lembro que fui sugada por essa moda quando conheci o Doce Delícia. Tudo parecia novo, aquela coisa de você ter um papelzinho onde preenche - dentre muitas opções - o que quer comer no dia, como montar sua salada, com o molho que quiser e na quantidade que bem entender. Você escolhe! Era o máximo da lilberdade, o máximo de poder se expressar. Não tinha mais aquele "eu quero essa salada mas com isso e sem aquilo". Em tempos de internet onde tudo é a experiência do usuário, onde quem manda é o internauta, a tal saladinha montada parecia uma profecia, guardada as devidas proporções.

Pois bem, o que aterrisou lá pelo meu trabalho foi o Emporium Pax. Ficamos - principalmente as mulheres - muito contentes! Oba, comida saudável!
Só que, meus amigos, todos os dias você ter que montar sua própria salada, não é mole, não.

Primeiro por que tem dias que você não quer escolher. Você quer mais que alguém escolha e decida tudo por você. Não é verdade?
Segundo por que por mais que você tenha 40 opções do que colocar na sua salada, quando mistura parece que o gosto é sempre igual. É uma cara de déjà vu total.
Terceiro por que, de novo, por mais que você tenha 40 opções do que colocar na sua salada, você acaba escolhendo o que mais gosta e a salada sai sempre igual!

Hoje, montando minha sempre igual salada, comentei isso na mesa e percebi que mais gente achava isso também.
Então, em homenagem a todos aqueles que são vítimas das saladinhas montadas - a princípio tão inocentes e liberais - escrevo esse post. Comentem aqui, dividam comigo as aventuras de vocês nesse assunto, quão escravos elas nos tornam. Sem medo de ser feliz!

Resumindo, as saladinhas montadas podem ser uma roubada, minha gente. Vai por mim.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

LA TRATORIA - Italiano que não tem erro


Quando eu morava em Copacabana, no Bairro Peixoto, eu ia sempre no La Tratoria. Fica ali na Rua Fernando Mendes, do lado do Copacabana Palace, um italianinho, pequeno, de massa muito honesta, bem como o preço.
Ali, como se diz, não tem erro.
Levei várias pessoas para conhecer, que também se tornaram fãs.
Hoje, depois de muito tempo, estava em Copacabana, numa reunião de trabalho que acabou em plena hora do almoço. A turma toda resolveu almoçar por ali e caminhando pela Atlantica, me dei conta que estávamos muito perto do La Tratoria. Fomos almoçar lá.
Foi muito bom. Nunca tinha ido no almoço, durante a semana, e pude constatar que os pratos executivos são tçao bons quanto os do cardápio, mas com preços realmente camaradas. Foram 6 pratos pedidos e nenhuma reclamação. É o que eu falei: no La Tratoria, não tem erro.
Fui de Frango ao Marsala com espagueti. Muito cheiroso e massa no ponto. Também teve um camarão a milanesa com arroz de brócolis que estava convidativo. Até o peixinho grelhado com arroz e purê - para paladares mais infantis - estava com uma cara ótima. O almoço de trabalho teve um "q" de conforto, sabe?
A sobremesa foi relembrar outros lugares bacanas e escondidos de Copa, como o A Polonesa, que merece um post especial numa próxima ocasião.
Hoje, a cotação do La Tratoria: colher de sobremesa!
bjs

domingo, 26 de outubro de 2008

Viva o Rei do Bacalhau

Hoje, dia de eleições, o programa geralmente é ir para Ilha do Governador - bairro onde cresci - com minha amiga Luciana, para votar. Até hoje, nem eu nem ela mudamos o nosso local de votação só para ter um pretexto para ir até lá.
E ir para Ilha, geralmente vem acompanhado de almoçar no Rei do Bacalhau ou pelo menos comer um bolinho de bacalhau lá.
Hoje, não foi diferente, só que dessa vez o almoço foi abrilhantado pela presença dos meus pais e do meu irmão Rodrigo, aniversariante de ontem.

Rei do Bacalhau é o nome mais comum que vejo, pelo menos aqui no Rio, para restaurante que servem bacalhau. Aqui mesmo, do lado de casa, tem um. Mas o da Ilha, é realmente um dos melhores que conheço. Em plena Praia da Bica, o restaurante é simples e bem família. Já o bar que fica numa espécie de varanda, é animado, point mesmo.

Nosso almoço hoje foi muito bom. Pedimos Bacalhau ao Zé do Pipo - pedido default do meu pai - e Bacalhau a Gomes de Sá. Antes, muitos bolinhos. Tudo muito bom e muito bem servido. Tirando uma confusão do atendimento, que não deu para ofuscar o almoço, foi tudo ótimo. Acho que o Rei do Bacalhau da Ilha não faz feio. Nem perto do Adegão Português.

Só uma dica devo dar: se for de sobremesa, não peça o quindim. Não é dos melhores, aliás é ruim. Vá de barriga de freira que é mais garantido!

Cotação: colher de sobremesa.

bjs

sábado, 25 de outubro de 2008

PIZZA: não se fazem mais Bella Roma como antigamente

Hoje é aniversário do meu irmão, Rodrigo.
Desde pequeno, ele gostava de comemorar o dia comendo pizza num restaurante no Leme que não existe mais: o Bella Roma.
O Bella Roma era daquelas pizzarias de antigamente, programa de família mesmo. Não existe mais e as nossas idas lá datam de uns 20 ou 15 anos atrás. Era considerada cara para nossa família, daqueles programas para datas especiais, como o aniversário dele. A pizza era fininha e meu irmão dizia que era a melhor que ele já tinha comido na vida (isso ele devia ter uns 13 ou 14 anos de vida, tudo isso!). Dizia que se ele pudesse, comia essa pizza todo dia.
Bons tempos aqueles do Bella Roma.

Meu irmão até hoje tem tara por pizza. Da época do Bella Roma, também tinha a pizza que minha mãe fazia em casa. Massa caseira que hoje em dia, que a pizza virou cool e só com farinha e água, seria um pouco fora de moda. Mas era uma delícia. Ela fazia de aspargos, de mussarela, de presunto... Vou pedir pra ela a receita pra publicar aqui. Recentemente, já bem adulto, Rodrigo fez um pedido especial pra minha mãe no aniversário dele: que ela fizesse em casa a pizza da nossa infância e o sorvete, metade chocolate, metade creme, que vinha dividido na travessa. Quando a gente era pequeno, parecia mágica aquilo que ela fazia. Outra receita que vou pedir pra ela, porque esse sorvete é de fato muito bom! Quase uma mousse congelada, uma delícia.

Acho que eu que vou pedir agora pra minha mãe reviver esses sabores tão gostosos um dia.
Ro, parabéns!!!

Bjs

RESULTADO DA ENQUETE: Todos reclamam, mas só eu levo a fama

Uma coisa é certa: eu tenho fama de muita coisa.
E uma delas, é verdade: quando algo não está certo eu não levo pra casa o desaforo, não. Eu reclamo os meus direitos. Tanto que esse blog começou por causa disso.

Mas o fato é que às vezes tenho a impressão que só eu levo a fama das coisas....
Vide o resultado da enquete que estreou o Boca Nervosa.
"Quando você vai a um restaurante e a coisa não vem como você pediu, conhecia ou esperava, o que vc faz?"

Havia 3 opções:
1- Reclamo, oras!
2- Falo com o garçom mas não insisto
3- Não falo nada pra não criar confusão

Dos 17 votos, dos meus amigos queridos, meus leitores até agora, 64% das pessoas optaram pela primeira opção. Apenas 17% foi na 2 e tb outros 17% na 3.

Ou seja, a maioria das pessoas coloca a boca no trombone!!!
É isso aí, fiquei orgulhosa.
Tanto que deixei a enquete aberta mais uns dias. E abri uma nova. Votem!

bjs e obrigada a todos que votaram!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Brasserie Lipp 10 X Buddha Bar 0

Ainda enquanto não vou a nenhum restaurante essa semana pra que possa reclamar - ou não - sigo relembrando alguns momentos da minha viagem por Paris, essa última.

Certa noite, eu e minha amiga - mais ela do que eu - nos aventuramos a conhecer o Buddha Bar de Paris. Pegamos um táxi e fomos. Na chegada, aquela conferida no cardápio e de cara já vimos que não era pra nós. Mas decidimos entrar, tomar um "drink" ao menos.

Mas a segregação rola forte no "Bunda Bar", como apelidei ao sair de lá. Se vc for jantar, pode ir ao Restaurante. Se for só para drink, fica em cima, meio nos cantos do lugar, todo escuro, nada se vê. Só os turistas que chegam aos montes... Franceses que é bom, necas. Enfim, lugar sem graça, drink caro e insosso, deixamos metade no copo e decidimos "ralar peito".

Passamos pela Torre Eiffel, iluminada e linda. Depois, seguimos uma indicação e fomos ao Brasserie Lipp, tradicional em Paris, na St Germain des Pre, movimentadíssima à meia noite.
Chegamos e fomos muito bem recebidas por Antonio, garçom português, que mora há anos em Paris. Depois, fui de Steak Tartar, regado a um vinho maravilhoso, esse aí da taça, na foto! A noite foi agradabilíssima, nos recompensou a ida ao Bunda Bar, enfim. Lugar que recomendo e ficará na minha memória.

Para o Buddha Bar, colher de café
Para o Brasserie Lipp, colher de sopa!

bjs

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

LE PETITE PERIGOURDINE

Nas minhas férias, fui para Paris. Era minha segunda vez, mas da primeira - há 4 anos - fui pobre de marré marré. Ir a restaurantes era uma coisa fora de cogitação e tive que me contentar em comer aqueles crepes de carrinho que ficam pelas ruas, sanduíche no Pomme de Pain, e olhe lá. Ah! Também fui com uma amiga no mercado e nos enchemos de queijo de cabra - quase de graça - e vinho de 1 euro.

Dessa vez, fui só pobre (não de marré marré), de forma que consegui me programar financeiramente durante o dia para poder jantar à noite. Fiz a festa. Comi tudo que eu amo e desejava comer originalmente da França. Pato, steak tartar, tarte tatin - que é minha verdadeira paixão e merece um post - ratatouile, cassoulet, etc. Mas dentre todas essas delícias, fui apresentada a uma nova iguaria francesa que me fez ficar desorientada de tão boa: o aligot!

Nem sou fã número um de purê de batata, mas esse tal de aligot - uma espécie de purê com queijo - é uma coisa. Vou tentar explicar: é um purê de batata, lisinho, meio puxa, com sabor de queijo bem suave, e que vem da panela de cobre direto pro seu prato. De novo: uma coisa!

O tal aligot foi-me apresentado por esse restaurante aí da foto: le Petite Perigourdine. Uma graça, ótima recordação. Ficava na esquina do meu hotel, na Rue Des Ecoles. Fui com minhas amigas no primeiro dia de Paris, uma delas, a Lu 3, minha quase irmã, comadre (sou madrinha do filho dela!), que conheço há 28 anos e que faz aniversário hoje!!!! (Lu, te amo, vc é excelente companheira de viagem. Um pouco bem humorada demais de manhã, mas excelente companheira de viagem). Bom, voltando... estávamos mortas de fome e o Le Petite mais parecia uma conveniência. Mas foi mais que isso. Fomos atendidas pela garçonete que parecia uma versão masculina da Roberta Sudbrack. Sim, eu disse garçonete. Apesar de querer conhecer outros lugares, depois que o Aligot me pegou de jeito no Le Petite, queria porque queria voltar lá uma segunda vez. E voltei, foi muito bom novamente. Repeti o aligot e comi um mil folhas de pistache com framboesas, divino!

Bom, agora que você está com água na boca, vou dividir algumas receitas de aligot com vcs. Eu ainda não fiz nenhuma, mas vou fazer! E se alguém aí fizer, me diz como foi.

Veja São Paulo
Receitas e Delícias
Prazeres da mesa, por Alex Atala

bjs

terça-feira, 21 de outubro de 2008

CONFRARIA

Prometi escrever sobre um restaurante francês hoje, né?
Mas peço licença pra mudar de idéia e colocar o La Petite Perigourdine para amanhã.
Hoje meu post é dedicado aos amigos queridos, que adoraram a idéia do meu blog e trataram de entrar, comentar, votar na enquete e me pedir: Lu, quando vamos jantar pra você contar no seu blog?
Amigos, obrigada, amo vcs!

Em especial, queria destacar dois deles que são glutões como eu - gourmet é mais chique - se metem na cozinha, fazem umas delícias e também têm blogs! Que valem a visita! Estão inclsuive nos meus favoritos aí ao lado.

O primeiro é o Nico, super bom papo, maridão da minha MEGA amiga Bia, que criou um blog ótimo: Cozinha da Avó. Tem alguma receita bacana? Manda pra ele. Lá ele troca suas delícias com todos e além de um super ponto de encontro, dá pra se inspirar com as receitas. Aqui em casa, ele viu o livro da Marcella Hazan e fez dele uma bíblia. Eu já gostava muito do livro, mas ele me chamou ainda mais a atenção pra esse leitura. Entra lá no blog do Nico!

Depois vem a Ana Célia, minha ex chefe, ex diretora, ainda amiga, confidente, que eu amo e morro de saudade. Ela me ensinou quase tudo da minha vida profissional e ainda é protagonista de momentos deliciosos da minha vida, de risos e curtição. E vários deles - se não todos - foram ao redor de uma mesa, seja num almoço de trabalho num restaurante gostoso de São Paulo, seja na casa dela num fim de semana em Atibaia. Molho de limão foi com ela que aprendi.... Acho que nem ela sabe disso. Pois bem, ela também tem um blog! Blog da Ana Célia, no site da Revista Manequim, da qual ela é diretora. Visita lá e vê como ela sabe curtir a vida!

Bjs!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

FEBO - O CROQUETE DE AMSTERDÃ

Como hoje é segunda-feira e eu não fui a nenhum restaurante pra reclamar (você já votou na minha enquete aí ao lado?), quero relembrar uma experiência bem recente: o croquete que comi em Amsterdã.
Quando estava programando minha viagem, fiz uma pesquisa na internet, naveguei em algumas indicações e achei um blog de um fotógrafo que morou um ano e meio em Amsterdã, A Janela Laranja. Muito bacana. Se você for viajar pela Europa, entra lá porque ele dá várias dicas. Eu imprimi várias.

Dentre as dicas do Márcio - o dono do blog - achei um post que falava do tradicional croquete de carne holandês e citava o que ele achava o melhor de todos: o da rede FEBO. Marquei a dica e quando estava em Amsterdã, no meio da caminhada com minhas amigas, achei! Não resisti.

O lance é meio roots. A cara do local é de uma espécie de pastelaria, lotado, bem popular. Fila nos caixas - pra comprar além do croquete, uma batata frita com maionese - e ao lado umas máquinas. Você coloca o dinheiro ali e tchan! Uma portinha se abre e seu croquete sai dali, quentinho, com uma casquinha crocante por fora e o creme de carne mole por dentro. Olha a foto aí ao lado. É disso que estou falando.

É bem verdade que o meu veio meio oco e tive que tentar um outro. E também é bem verdade que se você for comer diretamente das máquinas, tem que pedir ajuda pra alguém local que possa te dizer qual é o de carne, pois tem milhares de tipos diferentes. Até de legumes tem. Mas nossa blitz pelo FEBO foi bacana. Valeu a visita. Não repetimos, mas valeu.

Se você já comeu algo típico em alguma das suas viagens e quer dividir comigo, comenta aí.
Amanhã vou contar de um restaurante francês que foi uma excelente descoberta.

bjs

domingo, 19 de outubro de 2008

RISOTO - RECEITA NOVA

Risoto é um treco que pra eu comer em restaurante ou é pra me surpreender e inspirar ou é pra eu dizer: o meu é melhor. Pq sem modéstia, de tanto que gosto, aprendi a fazer e faço bem.
Risoto, aliás, foi o que me levou pra cozinha. Tenho uma mãe que cozinha muito bem. Meus amigos sabem bem do que estou falando. Porém, risoto é uma coisa na qual ela nunca se aventurou.
Oba, vi uma brecha.
Como gostava muito, (estou falando do risoto italiano, dos bons, com arroz arboreo e não aquele mexidinho de arroz com o que sobrou na geladeira) numa viagem para uma fazenda de um amigo da minha amiga, fizemos aquela confraternização na cozinha e o prato era risoto. Colei no fogão pra ver como era e fui tentando depois em casa ou na casa de amigos (muitos foram cobaias de Lulu). Tentei tanto que aprendi. Claro que algumas pessoas comemoram verdadeiras gororobas. Mas me apoiaram tanto que fui em frente.

Hoje, meu pai, de tanto ouvir falar dos meus risotos, experimentou um pela primeria vez: risoto de abobrinha e hortelã com carne seca. Ficou um espetáculo. Invenção minha e da minha mãe. O pitaco da carne seca foi dela e ficou TUDO! Experiência conta, não é, minha gente?!

Sou daquelas que mesmo quando sou eu quem cozinho, se está bom sou a primeira a fazer o "hummmmmm" na mesa. Sem modéstia, sem cerimônias. E hoje, não foi diferente. Antes de todos, eu mesma atestei a novidade: "hummmmmmmmm". Mas não passo por baixo da mesa, como a Ana Maria Braga, não.

Foi bem bacana. Minha mãe fez a carne seca, na panela de pressão, com um pouco de cebola e alho. Depois de cozida, desfiamos e o molho que sobrou no fundo da panela serviu de base pro meu caldo (misturei com água fervente pra diluir o sal do molho e usar para cozinhar o arroz).
Desfiada a carne, colocamos na frigideira com um pouco de cebola à juliana, já refogada num azeite e levemente fritamos um pouquinho de nada. Separamos.

A abobrinha eu refoguei tb no azeite e cebola, abafei e depois de pronta, joguei hortelã rasgada com a mão, e fechei a panela. Ficou lá.

Fiz o risoto normal, usando como caldo pro cozimento o molho da carne seca. Quase pronto, adiconei o parmesão, mas pouco pra não roubar o gosto leve da abobrinha e do hortelã. Finalizei misturando a abobrinha e com o fogo delisgado, aquela boa colher de manteiga.

Hora de montar o prato: risoto no centro, abre-se um buraco no meio e coloca uma boa porção da carne. Acho que ficou muito melhor assim do que misturar td de uma vez no risoto. Assim, vc mistura na mesma garfada o arroz e a carne e os sabores dos dois se juntam sem ficar uma coisa só no paladar!
Vou te dizer: parecia prato de restaurante! Dos bons! Cotado como colher de sopa!

Quer tentar fazer? Depois me conta!
bjs

sábado, 18 de outubro de 2008

PEIXE A BELLE MEUNIÈRE - em busca do melhor

Eu tive a quem puxar.
Meu pai tem um paladar tão bom e exigente quanto o meu.
Mas ele, diferentemente de mim, quando encasqueta com um sabor, um prato preferido, segue nele até enjoar!
No momento, quando sentamos com ele num restaurante, adivinha o prato? Peixe a Belle Meunière. Até no trabalho dele, já é famoso.
Pois bem. Isso dá ao meu pai uma competência de poder listar alguns bons e outros nem tantos peixes a belle meunière por onde ele já rodou.
vamos lá ao ranking dele, até hj:

O MELHOR: Alemão de Itu. PQ? o molho é à parte, com alcaparra, azeite e champignon na medida certa. Mas vale a nota: é excelente mas era muito melhor qdo era servido com congro rosa chileno. Hj é linguado. "não é a mesma coisa", diz minha mãe...

O PIOR: um Hotel em Bauru, que em vez de alcaparra tinha ervilha. Eca! Outro ruim: um restaurante na cidade do interior paulista de Quiririm.

O de hoje, do Azzurra, foi considerado bom por meu pai. Não muito bom, apenas bom. Tinha no molho camarão.

Peguei algumas receitas de peixe a belle meunière:
Mais Você
Homem na Cozinha

Tem alguma receita tb? Manda pra mim!

Também é fã de peixe a belle meunière? Comenta aí que meu pai vai ficar feliz!

AZZURRA - PARTE 2

Atendendo a pedidos e à sugestão do meu amigo que foi o primeiro comentário que recebi em meu blog, eis:

Azzurra - Shopping Rio Design, Barra, Rio de janeiro.
tem site:
http://www.azzurrarestaurante.com.br/

obrigada, Rodrigo!
bjs

AZZURRA - FOI BOM PRA MIM. E PRA VC?

39 anos de casamento de meus pais.....
Saímos para almoçar, na presença da minha prima, e tentamos uma novidade pra sair do circuito já tão conhecido: vamos ao Azzurra! Italiano do qual já ouvi falar muito bem mas tem fama de caro e aí.... nunca tinha ido.
Chegamos e escolhemos um vinho. A Carta é ok mas com poucas opções de vinhos mais em conta. Começam em 60 reais. Pedimos uma opinião ao maitre, uma resposta pouco convincente mas seguimos. Ok. Bom vinho. Couvert chegou e gostoso. Pizza branca crocante, focaccias, uma cestinha de pães diversificada e uma sardela equilibrada.
vamos aos pedidos da mesa: peixe a belle muniere, carne com molho de hortelã e farfale na manteiga, torteli profumo di bosco (reccheado de queijos e molho de alcaparras e ervas, com tomates). Td muito bom! O Torteli tem, de fato, seu lugar. Não chega a ser exatamente uma obra prima como descreve o menu, mas tem seu lugar.
Terminamos com cafezinho cremoso e delícia acompanhado de sequilhos de coco muito leves e saborosos.

Ah! Dica: se for pedir um antepasto, não aceite o couvert. É caro e pago por pessoa (13 reais por cabeça). O antepasto é individual (pedimos a beringela a parmegiana, vem metade de uma e custa 14 reais) e para uma mesa de 4 pessoas, vc sente no máximo um cheiro do que pediu.

Cotação do "boca": colher de sobremesa nele!

Já foi lá? Comenta aí.

COTAÇÃO

Bom, no Guia Michelin os restaurantes levam estrelas, certo?
Na coluna da Luciana Fróes, do Globo, eles levam garfinhos...

Aqui, acabei de decidir: vou cotar minhas experiências com colheres. Vejam:

COLHER DE CAFÉ - a pior cotação de todas. A menor, aquela que não satisfaz!
COLHER DE CHÁ - é ruim, se for com vontade as coisas caem pra fora, mas tem pior.
COLHER DE SOBREMESA - É um tamanho bom. Na dieta, é uma quantidade que satisfaz, nao faz feio. Serve pra tudo, um conforto saber que ela está ali. Se você tivesse que dar uma dessas quatro colheres pra alguém, daria ela sem dúvida pois ela é pau pra toda obra, não desaponta.
COLHER DE SOPA - A melhor cotação de todas, as razões são óbvias.

Para o In House, colher de sobremesa para a comida, colher de café pro atendimento. E você? conhece, já foi? Comenta aí.

IN HOUSE - COMIDA PELA METADE

Agora sim, o prometido.
Demorei pois estava configurando meu blog... O brinquedinho é novo mesmo.
Vamos lá: jantava eu com um amigo querido no In House, restaurante da Barra da Tijuca, no Shopping Rio Design. Gosto muito de lá. Um bistrô pequeno, chamoso apesar de ficar num shopping e com preços camaradas a pratos que chegam bem bonitinhos na sua mesa. Já fui algumas vezes e apesar de em uma delas uma amiga encontrar um cabelo na sua última garfada, já voltei outras vezes principalmente para a feijoada aos sábados que é leve e um preço honesto.
Dessa vez, com meu amigo querido, pedi o salmão vênus - sempre que comi estava muito bom e dessa vez idem - e meu amigo foi de penne com molho de queijos. Ao chegarem os pratos, começamos a comer até que lá pela segunda garfada, notei que o prato dele permitia ver o fundo, de tão pouca comida que veio. "Peraí, seu prato veio pela metade?". Ele riu e tb achou. Chamamos o garçom e explicamos o fato: somos clientes, conhecemos a casa e blá blá blá.

O rapaz de prima já veio com a resposta: nossas porções são assim mesmo. Hã??? Vamos lá, de novo: eu disse que conheço o restaurante, sempre venho e se estamos reclamando é pq conhecemos as porções da casa!!! Xiiiiii.. Tarefa para o gerente, lá foi ele prosear com o chefe. Volta o mesmo garçom e... a mesma explicação. "O gerente mandou dizer que é isso mesmo". Hahahahahahha... É... não é mole.
O gerente não se deu ao trabalho de ir até a mesa!!!

Bom, conclusão que tiramos: o restaurante é bom mas não está nem aí com o que o cliente pensa. Acontece nas melhores famílias....

Quer reclamar tb? Já foi lá? Manda um comentário.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PÉ NO ACELERADOR

Engatei a primeira e estou a toda velocidade na minha nova brincadeira: dividir com meus leitores (ops, ainda não tenho leitores) as minhas incursões por restaurantes da cidade. A idéia me veio tomando banho, recém-chegada de um restaurante onde fui jantar com um amigo. Passamos por aquelas situações que você com certeza já passou também e eu nao sei se é sacanagem mas comigo sempre acontece. E aí, tenho maior fama entre os amigos de ser cri-cri, de reclamar das coisas que não estão certas ou quando me fazem de idiota.
Chega!
Claro que entre uma experiência ou outra, também falarei das coisas boas, de lugares bacanas, de comidas deliciosas. Sou uma gourmet sem grana mas que adora experimentar novos sabores. Meus amigos sempre me dizem que deveria abrir um restaurante pq além de fazer umas coisitchas na cozinha também sei comer bem. Sei mesmo. E não me venham com Xurumelas.
Então, na falta do restaurante, vamos começar com um blog, onde já acho que vai dar pra brincar à beça.
Aguardem que escreverei sobr o tal jantar que me fez iniciar essa viagem. In House, é o nome do local.
bjs!