segunda-feira, 31 de maio de 2010
MALDADEZINHA DO BEM... POEMA PROS NOSSOS OLHOS...
VIVA O CHICO! VIVA A ALAÍDE! VIVA! VIVA! VIVA!
terça-feira, 25 de maio de 2010
COZINHANDO E CANTANDO... E SEGUINDO A EMOÇÃO!
Muito já falei sobre o encontro mágico entre as @s do Twitter e como fui pega pelo coração por esse grupo delicioso.
Num desses encontros, regado a bolo de casamento da D. Dirce, que nos foi apresentado pelo @pboueri (Pedro, pros íntimos), lá na Roberta Sudbrack, fiz o convite e Pedro aceitou: escrever sobre a boleira no meu blog.
Esperei dias e dias. Noites a fio.
E o texto chegou.
O rapaz enveredou por outros caminhos. Nada de D. Dirce no texto. A ver com ela, só mesmo a essência do que está escrito por ele.
Mas acabou por gerar uma linda homenagem, que publico com muita honra aqui.
Pedro, espero te ver outras vezes aqui!
Com, vcs, Pedro Boueri:
"Certa vez eu ouvi de um médico uma história que me deixou bastante intrigado. Era mais ou menos assim: O pai desse médico estava internado, no CTI, em estado terminal. Mas estava consciente. Foi então que, em um determinado dia, esse médico perguntou ao seu paciente/pai se ele gostaria de algo. O paciente/pai não titubeou. A sua resposta foi certeira e fulminante: “Eu gostaria MUITO de um pastel...” O médico, praticamente que com a mesma rapidez com que o paciente/pai lhe havia respondido, saiu e retornou carregando consigo o pastel tão desejado. Dada a já extrema gravidade do quadro de saúde do paciente/pai, aquele pastel seria absolutamente desinfluente. Foi então que o paciente/pai pôde se deliciar com o objeto de seu desejo, consumindo-o lentamente e aproveitando ao máximo cada milímetro dele. No dia seguinte, o paciente/pai faleceu. Não – absolutamente! – em virtude do pastel, mas sim porque esse era o desfecho inevitável que se avizinhava a toda evidência.
Paralelamente à dor da perda, o médico se sentiu confortado por saber que havia tomado a decisão que, bem visto aquele desfecho inevitável, se confirmava como tendo sido a mais acertada: proporcionar ao seu paciente/pai aquele que agora se sabia ter sido um último momento de prazer.
Eu disse intrigado no início deste texto porque essa história me fez refletir sobre a relação extremamente peculiar – ou mesmo única – que o ser humano possui com a comida.
Depois de refletir muito, eu concluí que comer é o único prazer que o ser humano consegue ter, com a mesma plenitude, desde o instante em que ele nasce,até o instante em que ele morre.
A primeira coisa que um bebê recém-nascido faz é chorar. Chora porque tem fome e, bem alimentado, para imediatamente de chorar. O prazer do bebê é o mesmo daquele paciente/pai que, nos seus últimos instantes, pôde saborear aquele pastel trazido ao CTI por seu filho (que era médico mas ao mesmo tempo era um ser humano e, nessa condição, compreendia que o prazer de uma boa comida seria bem mais eficiente para o seu paciente/pai,do que qualquer remédio do qual se tivesse conhecimento).
Pois muito bem. Passemos a tratar daqueles que concentram, em suas mãos, o poder e o privilégio de proporcionar às pessoas esse prazer peculiar, único e pleno.
Em matéria de culinária, o talento por si só não basta (independentemente do quão grande seja ele). O que faz – e principalmente o que mantém – um grande cozinheiro é tão essencial quanto básico: o amor pelo seu ofício. É por isso que, não raramente, um cachorro-quente preparado na mais simples carrocinha de rua pode acabar proporcionando ao seu respectivo consumidor muito mais prazer do que lhe poderia proporcionar o mais refinado e criativo prato de nouvelle cuisine.
Aliás, não duvidem se qualquer dia desses o amor da dona daquela carrocinha de cachorro-quente pelo seu ofício for capaz de transformá-la em uma incomparável chef de cuisine.
Outro ingrediente fundamental ao sucesso de qualquer cozinheiro é a sua simplicidade. Eu já não me lembro mais o que senti, na semana passada, ao comer aquele lindo e cirurgicamente bem decorado prato à base de lagosta (ou outro personagem do mar), acompanhado de algumas porções com nomes impronunciáveis, naquele renomadíssimo e premiadíssimo restaurante (cujo nome fica aqui omitido) e cujos funcionários me trataram como tratavam tantos outros clientes que lá estavam pelos mais variados motivos, mas não para efetivamente vivenciar uma experiência alimentar prazerosa e plena.
Por outro lado, ainda que eu consiga viver 100 anos, jamais me esquecerei do prazer que eu sinto ao comer o frango assado com farofa de ovos preparados pela minha avó, a torta de goiabada preparada pela minha outra avó, e os camarões ao catupiry preparados pela minha mãe.
Em matéria de prazer e plenitude proporcionados, todo requinte daquela lagosta (ou daquele outro personagem do mar) inominada não conseguiu chegar nem mesmo perto da absoluta simplicidade dos demais pratos aos quais me referi acima.
Mas o que será que faltou àquele grand chef de cuisine – de cujo nome eu também não me lembro mais e, ainda que me lembrasse, acabaria omitindo –,e que nunca faltou e nem falta às minhas avós e mãe?
A resposta, meus caros, tem a mesma simplicidade que derrotou o requinte sem nenhum esforço: elas (avós e mãe) não estão ali nas suas cozinhas para preparar mais um frango, mais uma torta e nem mais um prato de camarões ao catupiry. Elas estão ali para agradar uma pessoa querida. Eis o segredo.
Eu sempre tive paixão absoluta por comida. E nesse contexto, requinte e simplicidade sempre me pareceram conceitos antagônicos. Foi quando me surgiram, sem pedir licença, a queridíssima Feiticeira e os seus não menos queridíssimos aprendizes de feitiçaria que, pela simples maneira como atendem cada um dos clientes que se apresentam na inconfundível casinha laranja à beira do canal, deixam claro que amam cada detalhe de tudo aquilo que fazem ali (qualquer que seja a sua função). E que isso é o que lhes realiza e lhes faz sentir, dia após dia e já há gloriosos e bem sucedidos 5 anos de muita luta, aquela sensação gostosa, indescritível e inigualável de “missão cumprida”.
A Feiticeira e sua equipe de aprendizes de feitiçaria não fazem nenhuma questão de esconder o segredo de todo seu sucesso: ela e eles se devotam às suas funções com o mesmo amor que as minhas avós e a minha mãe se dedicam àqueles que sabem ser os meus pratos favoritos.
Posso garantir a vocês, meus caros, que absolutamente nada do que eu tenho tido o privilégio de vivenciar e experimentar, naquela casinha laranja à beira do canal, será esquecido. Por mais que seja um local requintado (um verdadeiro castelinho laranja à beira do canal), certamente foi a simplicidade daquelas pessoas e o amor que elas devotam ao que fazem que as tornaram quem elas são hoje.
Vida longa à Feiticeira e aos seus aprendizes de feitiçaria. Vida longa à casinha laranja à beira do canal. Que todos continuem ainda, por muitos e muitos anos (100,no mínimo!), proporcionando a todos nós este que, como eu disse acima, é o maior e mais pleno prazer que nós temos nas nossas vidas.
As palavras de Adélia Prado são oportunas para o final deste texto: "Minha mãe cozinhava exatamente: arroz, feijão roxinho, e molho de batatinhas. Mas cantava." É isso mesmo. Quem sabe proporcionar às pessoas,todo prazer que essa Feiticeira e os seus aprendizes de feitiçaria proporcionam deve mesmo poder ser assim: Feliz e realizado, mesmo que com as coisas mais simples. Cantando sempre!
Ah! E qualquer semelhança entre a parte final desse poema e aquelas cifras carinhosamente postadas via Twitter, diretamente da Sudvitrola, é mera coincidência, ok? Ou talvez não...
E então... Quer ser cozinheiro?"
domingo, 23 de maio de 2010
EU E MEU TOSTEX - Um casamento promissor
olha a carinha dele aí!!!!
segue a minha declaração via Twitter:
que delícia!! Inesquecível!! Viciante!!! é um gosto diferente, deve ser o amor. obrigada, @robertasudbrack, por me mostrar o que é bom!
14 minutes ago via web
na nossa primeira tentativa, uma distraçao minha e pronto, ele parou a brincadeira. saiu preto de raiva. fomos tentar novamente e aí sim....
16 minutes ago via web
ainda bem q sou insistente. ele é lindo mas gosta de td ao seu jeito, q vc fique sempre d olho nele. senão, queima!!! como é possessivo...
17 minutes ago via web
a @robertasudbrack ao nos apresentar, eu e o tostex, não me deu dicas sobre seu temperamento... fomos nós dois nos descobrir sozinhos...
18 minutes ago via web
as @binhas_ estavam presentes qdo nos conhecemos. emoçao! mas como td casamento, ja deu 1 pouco d trabalho......
19 minutes ago via web
foram 3 dias de namoro. Eu olhando pra ele e ele pra mim. Até que hj, enfim, casamos! testei o tostex!!!presente luxo da @robertasudbrack ..
21 minutes ago via web
LA BOTICELLA - antes e depois de Madonna, tudo continua igual por lá
Falemos pois da cozinha do La Boticella. A massa de lá é leve, feita na casa, uma delícia. Já comi vários pratos do cardápio e o único que não fez muito minha cabeça foi uma massa que tem molho de vinho tinto. É bem forte e denso. A lasanha de bacalhau, o gnhocci, o agnolloti de cordeirinho, enfim, tudo é bom! meus preferidos são o talharim Carmen e the best one é o espaguetini Casalingue. É um molho lindo e simples de tomate, com seleção de carnes cortadas na ponta da faca. Muito Bom!
Porém, sexta passada estive lá com amigos e eis que me indicaram o Javali. Eu adoro javali mas nunca comia porque sempre vou para jantar, achava pesado. E o Javali do La BOticella é uma junção de acompanhamentos que me parecia estranha: purê de lentilhas, maçã assada e gnhocci. Mas fui de cabeça na indicação. E não me arrependi.
O gnhocci vem sem molho nenhum. Ïdeal pra que você sinta o sabor da massa e misture um pouco no molho do Javali. O Javali vem desmanchando de tão macio, num molho bem saboroso. O purê de lentilhas é igualmente saboroso e a maçã dá um toque doce entre uma garfada e outra.
De sobremesa, fui no tiramissu. Poucas vezes tenho estômago para chegar na sobremesa - o antepasto de lá é muito bom também e é um desperdício não pedir - e sempre escolho o tiramissu. Mas fazia tanto tempo que eu não pedia que tinha me esquecido como ele é bom!
Então, colher de copa pro La BOticella! Ainda bem que é perto de casa.
domingo, 16 de maio de 2010
FELICE LEBLON: estreia de colaborador no blog!
Quer colaborar também? Manda sua crítica pro meu email.
Com vocês, Rafael Crisa:
"Sábado à noite, por volta das 19:00/19:30, resolvo marcar de jantar com minha namorada e mais dois casais de amigos.
Primeira opção: comida japonesa. Liguei para o restaurante do hotel Marriott e reservei. Comeríamos rodízio de comida japonesa e, também, de comida mexicana. Como o amigo que queria comer comida japonesa não pôde mais ir, desmarcamos.
Segunda opção: comida italiana. Liguei para o Terzetto, só tinha reserva para depois de 22:30. Liguei para o Quadrifoglio, nada. Domenico, nem pensar. Como o casal que ainda iria conosco, não conseguiria chegar antes de 22:30, e a fome minha e da patroa já era grande às 20:30, desmarcamos.
Busquei a patroa e fomos tentar o Domenico. Infelizmente, o Leblon Jazz não nos permitiu estacionar nos arredores do restaurante. Ela, então, deu a ideia de irmos ao Alessandro & Frederico, no Design Leblon. Como já era por volta de 21:30, obviamente que estava lotado, com fila de espera. Descemos as escadas rolantes e vieram as opções: Gula Gula, Joe & Leo's, Oliva, Da Silva e Felice.
Dentre as opções, resolvemos tentar o Felice. De entrada, a patroa pediu chips de banana, batata baroa e aipim, que vieram sequinhos, mas poderiam estar quentes. Havia dois potinhos de molho, que não provei.
Eu pedi combinado de pasteis: são nove pasteis, sendo três de cada sabor. Tinha frango com catupiry, camarão (não sei se era bobó ou moqueca) e mussarela de búfala com pesto. Os pasteis vinham com três molhos, sendo rosé, pesto e outro que não sei exatamente qual era.
Pois é, os pasteis não estavam lá essas coisas, não. Pelo contrário, estavam bem fracos. A massa era razoável, mas acho que usaram óleo requentado para fritar. Talvez o óleo do dia anterior ou o mesmo óleo que vinha sendo usado desde o almoço. Não sei. Só sei que não gostei.
De prato principal, a patroa pediu Tournedo Provençale, com molho à base de Malbec e acompanhamento de ratatouille e batata gratinada. Ela não gostou do molho e não gostou do ratatouille. Mas gostou da batata gratinada. :/
Provei do prato dela para saber se era tão ruim assim e, sinceramente, discordei. Muito embora o ratatouille não estivesse incrível, também não era ruim. Era normal, honesto. As batatas gratinadas não provei, pois não deu tempo. Quanto ao filé, o ponto estava correto (rosado e sangrando) e o molho era gostoso. O problema é que a patroa não gosta de vinho. Aí, já viu, né...?
Meu prato principal foi o Risoto do Mês, que, agora em maio, é um risoto de cogumelos. Não lembro todos os tipos, mas lembro que tem cogumelos de Paris. E não é que minha pedida foi um acerto? Arroz "al dente", como deve ser, sem estar empapado; cogumelos presentes, dando gosto à receita. Estava tão bom que só coloquei queijo parmesão numa pequena parte e, mesmo assim, só uma vez.
Sem sobremesa para ambos, pois, de lá, íamos ao Andy's.
O resultado, para a patroa, foi decepcionante. Para mim, mezzo a mezzo. A boa impressão com o risoto salvou a decepção com os pasteis.
As entradas custaram R$ 15,50 (chips) e R$ 22,00 (pasteis). O prato da patroa custou R$ 40,00 e, o meu, R$ 34,00. O preço dos pasteis é caro demais para o que me foi apresentado. Quanto ao preço do risoto, achei justo.
Numa escala de 0 a 10 para saber se voltarei ao Felice, fico no 6. Se tiver que ser num sábado à noite em que todos os outros restaurantes do Leblon estão cheios, pelo menos sei que encontrarei um risoto honesto. Para outros dias, há outras opções mais interessantes.
Apesar de a experiência com a comida salgada não ter sido das melhores (à exceção do risoto), gosto muito dos sorvetes artesanais do Felice. Esses, sim, sempre valem a visita. Principalmente o de gianduia. Fica a dica para quem quiser testar."
quarta-feira, 12 de maio de 2010
CRIATIVIDADE E INOVAÇAO FAZEM TODA DIFERENÇA. MAS SUOR FAZ MUITO MAIS
segunda-feira, 3 de maio de 2010
VENGA! EU ACHO QUE NÃO VOU MAIS, NÃO!!!
TAGLIATELLE AO LIMAO SICILIANO - Leve, cheiroso e fácil de fazer!
Depois de mais um jantar enloquecedor na Roberta Sudbrack no sábado a noite, no domingão me restou ir pra cozinha fazer o almoço pra mim e minha amiga baiana. Afinal, precisávamos dar um descando pros nossos bolsos...
O problema é que fazer algo que satisfaça depois de um porquinho de leite inimaginável, não é lá uma tarefa muito fácil. A baiana acordou sem fome, de tão nas nuvens que estava com as delícias da chef na noite anterior.
Bom, queríamos algo leve, algo fácil e rápido de fazer, algo que caísse bem com um bom vinho branco.... Arregacei as mangas e fui pra cozinha decidida: ia fazer um talharim ao parmegiano e limão siciliano!
E nao queria fazer dessa vez o da Nigella - que já fiz e publiquei aqui a receita, lembram? Não estava a fim de nada com creme de leite...
Conclusão: fiz do meu jeito e ficou muito bom!!!! Olha só:
- comprei uma massa muito leve, um tagliatelle De Cecco All'Uovo. É excelente e faz diferença nessa receita.
- cozinhei a massa só com sal. Sempre de olho pra não passar do cozimento pois essa massa é super leve.
- cozida e escorrida a massa, começa o tempero. Tudo tem que ser feito rapidamente pra que a massa se mantenha quente.
- começa com uma boa dose de manteiga e um pouco de azeite. Depois de misturado, coloque bastante queijo parmesão ralado. Tem que ser um bom queijo parmesão pois ele é muito presente na receita, no gosto final do prato.
- esprema um limão siciliano e misture.Vá provando pra deixar azedinho ao seu gosto.
- tempere com sal, pimenta do reino a gosto. Por fim, coloque salsinha picada e misture.
- Na hora de servir, mais um pouco de queijo parmesao ralado por cima.
Sirva imediatamente para que não esfrie!
A receita fez sucesso! Comemos de raspar o prato! O porquinho de leite ainda estava em nossa memória mas no final das contas, a minha massinha fez bonito! Pela cara dela, vc também não acha?
bjs
O LUXO NO SUDBRAQUISMO É A SIMPLICIDADE
Foi na semana passada e há muito o que dividir com os leitores desse espaço.
Mas li agora o texto de uma das alunas que fez comigo o curso.
Ela é de Curitiba e estava fazendo o curso a trabalho... ah... mas que trabalho bom....
Enfim, enquanto eu ainda não escrevo um post a altura dessa experiência sem igual, compartilho aqui o que a Silvia Oliveira escreveu.
Eu tinha, vamos dizer assim, um pouco mais de experiência que ela, nao suei tão frio, me diverti a beça dançando com a chef e os sudcozinheiros, fiquei na equipe do franguinho, mas em linhas gerais, concordo com muito do que ela escreveu. Principalmente com a frase que usei como título desse post.
Com vcs: Matraqueando com Roberta Sudbrack!