domingo, 22 de agosto de 2010

TAPPO - italiano com charme e gosto!

Está sendo muito bom conhecer novos lugares em São Paulo.
Como já escrevi aqui várias vezes, sou fiel às coisas que gosto, principalmente quando o assunto é comida. De um lado é bom mas de outro é ruim porque acabo indo sempre aos mesmos restaurantes. Nesses mesmos restaurantes, sempre estou aberta para conhecer novos sabores e pratos. Mas principalmente quando estou numa cidade diferente da que eu moro, acabo querendo ir nos que eu já conheço até pra reviver as delícias.
Porém, nas minhas últimas idas a São Paulo, voltei para o hotel com uma sensação maravilhosa, barriguinha feliz e novos amigos.
Uma dessas empreitadas foi no Tappo Tratoria, o restaurante italiano do Chef Benny Novak.
Pequeno, muito charmoso e badalado. Foi assim que encontrei o restaurante na noite em que estive por lá. Dei sorte de, sem reserva, conseguir uma última mesinha.
Na escolha do que comer, segui as dicas do próprio Benny e pedi 3 pratos, em meia porção, que ainda dividi com a minha amiga, além da entrada. Foi ótimo por que provei algumas delícias desse chef, que ainda é dono do Dinner 210 e do Ici. Se você for lá pela primeira vez, recomendo que faça como eu.

Nossas 3 massas foram: bucattini con le sarde, papardelle bolonhesa e spaguetti a carbonara. Com toda honestidade, não sei dizer qual foi meu preferido. Tenho a impressão que da próxima vez que eu for ao Tappo, vou querer repetir todos eles.
O bucattini com sardinhas é maravilhoso, com o peixe em pedaços, tomates, toque de erva-doce e passas. Eu não gosto de passas. Mas nesse prato faz todo sentido e nem pensei em separar na hora de comer. Originalmente, na Italia, me explicou o Benny que esse prato não leva tomates. Mas, sinceramente, acho que os carcamanos deviam mudar de ideia.






O papardelle foi uma forte sugestão do chef e ainda bem que segui. A massa é leve, maravilhosa. Mas o molho.... é uma versão bem clássico, grosso, com mais carne que molho. Sabor, sabor e sabor.





O Spaguetti foi pedido da minha amiga - já que eu tinha escolhido o com sardinha e o bolonhesa. Confesso que quando ela pediu, não me empolguei. Depois que chegou e eu provei, entendi que eu nunca pedia carbonara num restaurante porque nunca tinha visto um bom. Eu adoro ovo e não entendi como passei tanto tempo sem comer um bom carbonara, como é o do Tappo.






Na hora da sobremesa, tudo continuou delicioso. Panna Cotta com caramelo de Vin Santo e cheesecake de queijo de cabra com calda de framboesa. Eu adoro cheesecake e quis provar o de queijo de cabra. Achei muito interessante, gosto forte, cremosa. Mas a panna cotta.... é maravilhosa. Muito leve, delicada, vários sabores na boca.... que a essa altura estava calma, calma...
Nào sei, não... Mas algo me diz que agora, sempre qu eu for a São Paulo, vai ser difícil deixar de ir ao Tappo!
Tappo - Rua da Consolação, 2967. Tel. 11- 3063-4864

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A CASA É DA LI MAS PODERIA SER A NOSSA TAMBÉM!

Já falei aqui que o Twitter me proporcionou conhecer algumas pessoas muitos interessantes e queridas do mundo gastronômico. Logo no começo dessa minha aventura, vi uma pessoa meio amalucada que falava com a Roberta Sudbrack de um jeito engraçado, paulistana da gema. Ela não ri, ela grita "Rá" na sua cara, bem debochada. Ela não manda beijos e sim "beijas". Sua @ causou polêmica pois todo mundo queria saber seu estado civil: casadali. "É casada Li?", ouvi muita gente perguntando.

Não! É Casa da Li mesmo! Da Eliane André!!!

Quando ela veio para o Rio para fazer um T&D da Roberta Sudbrack - sua mentora e inspiração como ela mesmo diz - tive a chance de conhecê-la pessoalmente. ""Booocaaaa!!!", ouvi assim que cheguei. Uma figura, estava na cara.

Bom, receita aqui e ali, acabei ficando no grupo dela, o do franguinho (no T&D os alunos são separados em grupos para cada grupo realizar uma receita). Li se ausentou por um momento e quando voltou estava vestida pra guerra: uniforme todo preto, sapatos apropriados para cozinha, chapéu próprio e etc. Liderou nosso grupo: "faz isso, faz aquilo". Eu até trabalhei mas colei nela! Não queria de jeito nenhum ficar no grupo do frango por que nao sabia por onde começar mas quando vi a Li, sosseguei e arragacei mangas. Uma profissional, estava cara de novo. Coisa que o meio gastronômico todo já sabia, principalmente em São Paulo. Mas eu, confesso, não. Lá pelas tantas, na hora da dança (sim, sempre tem a hora da dança no T&D), a chef colocou uma música em homenagem a Li: Love is in the air.... Aos primeiros acordes, estava lá a Li, aos prantos.

O restante da aula e do jantar todo foi uma delícia e depois nos encontramos novamente, no dia seguinte, na terça básica do RS. Igualmente divertido, a energia da Li é contagiante.

Depois desse encontro, ela voltou pra São Paulo mas continuamos sempre nos falando via twitter. Parecia uma amizade de anos, coisa estranha mas muito boa. Bom, pelo menos para mim. Ela contava suas aventuras e agruras com a rotisserie que estava montando. Quem a segue no Twitter soube tudo, tim tim por tim tim.

Finalmente, ela abriu as portas e colocou duas mesinhas para quem quisesse almoçar. Em pouquíssimo tempo, já tem 8 mesas.... "Gente, não sou um restaurante, sou uma rotisserie", ela frisa. Mas.... não sei não....

Enfim semana passada conheci a Casa Da Li. Cheguei com a Roberta Sudbrack e a Li, ao ver sua mestra, já nos recebeu aos prantos. Registrei esse momento emocionante que fez meus olhos encherem de lágrimas. E assim, chorando, pura emoção, com cara de sapão como ela brinca, Li passou quase todo o almoço que acabou virando uma grande mesa, deliciosa, de risos, de sabores, de sensações. Uma mesa daqueles almoços de domingo na sua casa, em que uma ponta passa a focaccia daqui e a outra ponta da mesa passa o franguinho de lá. E isso explica o título desse post: apesar de os integrantes da mesa serem todos amigos da Li que foram prestigiá-la e também prestigiar a presença da Roberta ali (pessoas que conheci naquele almoço e que adorei!!!), a impressão que tenho é que essa aura de estarmos em casa, de informalidade, é marca da casa, que é da Li mas que podia ser de todos nós. Se você for, verá.



Desculpem se escrevi muito antes de chegar na comida mas essa história toda faz sentido quando você conhece o sabor da comida da Li, quando sente o gosto da emoção que ela deposita ali ao cozinhar. Conhecê-la faz diferença pra entender o sabor da sua focaccia de tomate, a beleza da sua porchetta (coisa de alfaiate, como diz a Sudbrack) e a leveza da massa da sua lasanha.



















O almoço todo foi uma farra gastronômica: porchetta (capa da revista Gosto desse mês), focaccia de tomate, focaccia de cebola roxa, pernil desfiado (lindo pra comer com pão!), franguinho assado à perfeição, lasanha de carne... ai ai, já estou salivando. É tudo muito saboroso, simples e que leva a gente a algum lugar lá dentro de nós.

Chega! Não vou falar mais. As poucas fotos que tirei e que ilustram esse post devem falar por mim.

A Casa da Li está na rua aspicuelta, na vila madalena, lá no comecinho dela, número 23.


Ah! E Não esquece: é uma rotisserie, pode quebrar um galhão cheio de sabor na sua casa. Com visitas, entao... faz uma bela vista!



Nada melhor pra terminar esse post do que com uma foto dessa estrela, a porchetta da capa!!!
Casa Da Li: Rua Aspicuelta, 23, Vila Madalena , São Paulo.